O estudo de Cornam et alt. que foi a base para criação do TESTE PCR Sars-Cov-2 e no qual o seu desenvolvedor Christian Drosten também desempenhou papel fundamental, foi submetido a um processo de revisão Peer-Review por 22 cientistas de renome internacional. Eles chegaram a um veredito contundente: o estudo contém nove erros científicos graves e três imprecisões menores. O estudo fora publicado somente em 21 de janeiro de 2020, apenas dois dias depois de recebido pelo Journal Eurosurveillance, do qual, ironicamente, o próprio Prof.Drosten é o editor. Os pesquisadores lhe enviaram o pedido de recolhimento do estudo em 27 de novembro último. As críticas são:
1. O design dos primer é inadequado: composição de base imprecisa, conteúdo de GC muito baixo, concentrações muito altas no teste. O único PCR (gene N) cientificamente relevante é mostrado, mas não foi verificado e não é recomendado pela OMS para teste.
2. A temperatura de conexão é selecionada muito alta, de modo que uma conexão não específica é favorecida, de maneira que outras sequências de genes diferentes das do SARS-CoV-2 podem ser registradas.
3. O número de ciclos é dado no documento como 45; um degrau até o qual a reação é classificada como genuinamente positiva não é definido para o valor CT. É de conhecimento geral que testes PCR a partir de um número de ciclos acima de 30 regularmente não mais permitem conclusão sobre a contaminação da amostra com o vírus em questão.
4. Nenhuma validação biomolecular foi realizada, portanto, não há confirmação de que os amplificados são genuínos, de que realmente surgem e de que também comprovam a sequência buscada.
5. Nem controles positivos, nem negativos foram realizados para detecção de vírus.
6. Não existem instruções de manuseio padronizadas disponíveis que garantam a repetição do teste em laboratórios de usuários em iguais condições.
7. Devido à configuração imprecisa da montagem do teste, existe o risco de resultados falso positivos.
8. Dado o período muito curto entre a submissão e a publicação do estudo, é muito improvável que um processo de Peer-Review tenha ocorrido. Se ocorreu, foi inadequado porque os erros identificados, incluindo erros formais, não foram encontrados.
9. Existem enormes conflitos de interesse em relação a pelo menos quatro dos autores, adicionalmente à problemática de dois dos autores (Prof. Drosten e Chantal Reusken) pertencerem ao conselho editorial do Eurosurveillance. Em 29 de julho de 2020, dois conflitos de interesse vieram a público: Olfert Landt é Diretor Administrativo da TIB Molbiol, Marco Kaiser é Pesquisador Sênior da GenExpress e consultor científico da TIB Molbiol. Esses conflitos de interesse não foram explicados na versão original do estudo, mas ainda faltam na versão publicada no PubMed. A TIB Molbiol é a empresa que supostamente foi a “primeira” a produzir os kits PCR (Light Mix) com base no protocolo publicado no manuscrito Corman-Drosten. Segundo relato próprio, a empresa já havia vendido os kits de teste antes da apresentação do estudo.
Victor Corman e o Prof. Drosten deixaram de indicar sua dupla afiliação: eles não só trabalham na Charité, corporação de direito público, mas também no Labor Berlin Charité Vivantes GmbH. Eles são responsáveis pelo diagnóstico de vírus no laboratório, que realiza testes de PCR em tempo real.
A palavra dos especialistas participantes pesa muito, pois eles concentraram conhecimentos especializados na área em questão. Entre eles estão o ex-chefe de pesquisa da Pfizer Dr. Michael Yeadon, o geneticista Kevin McKernan, principal motor do Projeto Genoma Humano, detentor de várias patentes na área de diagnóstico por PCR, o geneticista molecular Dr. Pieter Borger, PhD, o especialista em doenças infecciosas e medicina preventiva Dr. Fabio Franchi, o microbiologista e imunologista Prof. emerit. Dr. Makoto Ohashi e a bióloga celular Prof. Ulrike Kämmerer.