31 de janeiro de 2018

10 VEZES SEM JUROS ?

Mudanças fundamentais acontecem no nosso dia a dia e nós nos adaptamos sem perceber. Você hoje compra quase tudo a prazo e SEM JUROS. O a vista perdeu a graça. Mas é sem acréscimo mesmo? Não é de desconfiar que se tento conseguir um desconto pagando a vista não vou ter sucesso. Parece um contrassenso, pagamento a dinheiro sempre era a alegria do vendedor. Por outro lado qualquer financiamento que a gente pede ao banco tem juros. Ali não tem “sem acréscimo”, muito pelo contrário.

Falei em mudança. No começo da venda crédito era o comerciante que a operava, chegando ao ponto de ganhar mais dinheiro com os juros que cobrava do que com o próprio resultado comercial entre custo e preço de venda.

O banqueiro não podia concordar com isso. Inventou o cartão de crédito e o cartão de débito. Agora passa tudo por sua mão e nas campanhas “sem acréscimo” o juro está embutido e é do banco. O comerciante diz que não pode dar desconto, porque o “banco não permite”.

Verdade é que o banco tomou conta da área. Assim como tomou conta do país, tomou conta do mundo!

Está previsto que no próximo dia 19, logo após o carnaval, nosso congresso votará a REFORMA DA PREVIDÊNCIA. Segundo nossas autoridades sua aprovação é de importância crucial para o futuro do Brasil.

Já me foi dado assistir aqui a diversos episódios de reforma da aposentadoria no Brasil, desde os velhos tempos dos IAPC e IAPI, Instituto de Aposentadoria e Pensões, um dos Comerciários e outro dos Industriários. Sempre o governo tinha motivos essenciais para cortar alguma coisa aqui e outra ali. Aliás é bom não esquecer que isto não acontece só no Brasil.

E se o país vai mal, não tem como investir o que seria necessário em saúde, educação, transporte, energia etc. é por que “tem que gastar a metade do que pagamos em impostos, a metade do que arrecada, a metade do orçamento” em aposentadoria e pensões dessa velharada.

NÃO É VERDADE! A tal metade é gasta em JUROS e AMORTIZAÇÃO da dívida pública. E aí temos outra vez a figura do BANCO. Assim como está com as mãos no varejo, o banco manipula no atacado. E não é de hoje. Como podemos ler no grandioso livro de Gustavo Barroso BRASIL COLÔNIA DOS BANQUEIROS, os Rothschild já convenciam o nosso governo imperial a tomar dinheiro emprestado a juros que nada tinham de módicos.

É uma bola de neve, aumenta sempre de volume enquanto estiver rolando. O que teria de ser feito, é parar a bola, não jogar sempre mais neve na sua frente. Quantas das nossas empresas públicas já tiveram que ser sacrificadas, quantos dos nossos recursos naturais estão empenhados?


Quem tem que ser reformado é o SISTEMA FINANCEIRO.