21 de outubro de 2015

COMUNISMO E CAPITAL

Quem quer ver, constata facilmente que os candidatos a ocupar o GOVERNO MUNDIAL estão seguindo passo a passo o seu mais que centenário plano de assumir a hegemonia sobre as nações e a população deste planeta. É preciso ver também a enorme contribuição que eles vêm recebendo do COMUNISMO. É claro que esta orientação política está hoje embutida em todos os movimentos de ESQUERDA, nem tanto para defender conscientemente a doutrina de Marx e Engels e sim, só por ser um meio de conquistar votos.

Mas, também, quem já não atribuiu alta de preços e dificuldades financeiras indiscriminadamente à exploração do homem pelo homem, ou, simplesmente, sentiu-se seduzido pelo slogan liberté, egalité, fraternité.

Tenho enfatizado aqui que justo aqueles que o Marxismo apregoou como inimigos do povo, os “Magnatas do Capital”, servem-se da ação dos próprios comunistas ou internacionalsocialistas para a consecução do seu projeto. Creio que não seja mais segredo para ninguém, que a instalação da Nova Ordem Mundial é o objetivo de uma oligarquia financeira e empresarial, cujo poder resulta da sua capacidade de fabricar dinheiro. Parece um incrível contrassenso dizer que justamente os que alegam defender o bordão da revolução francesa estão servindo aos interesses da alta finança internacional. Eles nunca esclarecem onde começa o “proletariado” que apadrinham, onde ele termina, e onde começa a “burguesia” que combatem. O pequeno comerciante que consegue desenvolver seus negócios e montar uma grande loja, ou o técnico que transforma sua oficina inicial em importante indústria, eles passam a ser “capitalistas” que exploram a mão de obra? É a contradição que os comunistas não explicam.

A “Comuna de Paris” aproveitou a guerra de 1871 e governou a cidade durante setenta dias. Foi um caos. O almejado poder absoluto eles alcançaram em outubro de 1917 em Moscou, exatamente há 97 anos, com a instalação do bolchevismo soviético. Travaram uma luta inicialmente eleitoral e depois imensamente sangrenta com o único poder que se lhes antepôs. Ganharam o litígio justamente com a ajuda do “Capital” que dizem combater. Em certo momento o comunismo soviético, ditadura das mais sanguinárias, simplesmente se apagou, como se não se precisasse mais dele. Mas o partido comunista e/ou seus derivados estão aí no mundo todo, agindo ao seu bel prazer, enquanto que, aqueles que os enfrentaram, são perseguidos inclementemente até os dias de hoje.

O mito da adversidade entre Capital e Comunismo é mantido artificialmente. Já na década de 20 do século passado, antes da ascensão do nacionalsocialismo, escrevia LEÓN DE PONCINS em seu livro AS FORÇAS SECRETAS DA REVOLUÇÃO, citando Georges Batault em O PROBLEMA JUDEU:
O regime mais propício ao desenvolvimento da luta de classe é o regime demagógico, igualmente favorável às intrigas da finança e da revolução. Quando essa luta se desencadeia sob formas violentas, os chefes das massas são reis, mas o dinheiro é deus; os demagogos dominam as multidões, mas os financeiros são senhores dos demagogos e, em último recurso, a riqueza difusa do país, os bens rurais e os bens imóveis, pagam, enquanto duram, as custas do movimento. Quando prosperam os demagogos, no meio dos escombros da ordem política e social e das tradições destruídas, o ouro é o poder único e representa a medida de todas as causas; é onipotente e reina sem contrapeso, em detrimento da pátria, da cidade; da nação ou do império que caem, finalmente, em ruínas.

A cooperação entre Esquerda e Governo Mundial se evidencia, mais indecente e desinibida do que nunca, no processo atual destinado a levar a Europa à ruína. É pueril acreditar que o movimento das massas invasoras ocorre de forma espontânea.

Toedter