26 de junho de 2017

Nós, os BUNDA-MOLES


  • Sociedade ocidental fraca e incapaz
    de se defender
  • O politicamente correto e feminização
    prejudicam também as forças armadas
O renomado historiador militar israelita Martin von Creveld, professor emérito de História da Universidade Hebraica de Jerusalém, acaba de publicar um livro que tem mais ou menos o título acima e que é complementado com os dizeres:

Por que não sabemos mais como nos defender e como reverter isso.

Na realidade Creveld denuncia a debilidade moral que tomou conta a sociedade ocidental e adverte: ou ela volta a aprender a lutar ou tende a desaparecer. Em todas as suas camadas encontramos responsabilidades pela situação. Começa pelos pais que são superprotetores. A grande maioria de crianças não vai mais a pé ou de bicicleta à escola, tem a movimentação individual restrita e limites de segurança. Vem aumentando a idade, a partir da qual começam a enfrentar a vida real, em que assumem uma profissão e geram filhos. O resultado é uma comunidade desapegada e indisposta a reagir às adversidades.

As forças armadas sofrem hoje com a imposição de medidas burocráticas, regulamentos, sujeição ao politicamento correto. Sua “feminização” enfraquece seu poder de combate. As soldadas são, na verdade, só meio-soldados, gerando mais problemas do que benefícios. Elas querem ser admitidas com condições e direitos iguais aos homens, mas, uma vez aceitas, reivindicam toda sorte de privilégios, seja em torno de licenças próprias da condição, da dureza dos exercícios, ou até quanto o acesso ao oficialato. É claro que isso gera ódio e ciúme na área masculina, tudo sem falar dos problemas gerados por acusações de assédio que costumam aparecer.

A capacidade das forças armadas de exercerem as funções para as quais foram criadas depende de uma boa preparação, disciplina, profissionalismo e espírito de corpo. E Creveld explica que foi a rigidez na formação a premissa pedagógica para que os jovens israelenses, que se criaram entre 1948 e 1982 constituíssem o exército mais admirado pelo mundo.

Na minha opinião o professor encara o assunto de forma um tanto simplista ou limitada. O politicamente correto é hoje um fator que vem condicionando todas as atividades e expressões. A opinião divergente tem seus espaços cada vez mais reduzidos, parecendo mesmo que a grande maioria se entrega desejosa à comodidade do pensamento uníssono. Basta ver como os europeus se submetem a uma política suicida. Conformam-se a olhos vistos com o aniquilamento de sua cultura, seus costumes, religiões e origens.

E por falar em sociedade submissa, não é de se estranhar a situação que estamos vivendo aqui no nosso país? Quando tudo indicava que finalmente aconteceria uma purificação geral nas esferas que mal vêm sendo responsáveis pelos destinos da nação, agora os indícios passam a sugerir que tudo vai ficar como estava. Alguém chamou a sociedade de bunda-mole?

Obs.: O livro referenciado é da Editora ARES, está disponível em alemão na AMAZON sob o título “Wir Weicheier – Warum wir uns nicht mehr wehren können und was dagegen zu tun ist”.